SÉRIE FATOS: Este mundo que eu não conheço!


  O velho mundo que conhecíamos, nos desconhece. Não reconhecemos mais a realidade da vida contemporânea. Assistimos a maior economia do mundo em crise, as grandes potências da Europa endividadas. Quem diria que grandes nações como EUA, Espanha e França apresentariam crise de confiança dos credores, medo de calote, enquanto países emergentes como o Brasil é que apresentam as melhores garantias de investimento, que esses países é que possuiriam economias estáveis e a confiança no pagamento de suas dívidas, com garantia de retorno dos investimentos. Vemos ainda, a explosão de uma onda de violência no berço da civilização moderna, onde jovens brancos europeus causam badernas e saqueiam lojas. Na arte, os grandes ídolos morrem jovens consumidos por seu próprio sucesso. Nos esportes, aqueles antes tradicionais vencedores sucumbem ante a habilidade daqueles que eram conhecidos como babas.
O mundo de hoje nos parece um outro mundo, antagônico ao que nossos pais nos ensinaram. Nada mais é como tradicionalmente era. Há uma inversão dos valores, o errado, o avesso passou a ditar a moda do que é certo.
O rebaixamento dos EUA por uma agência que avalia a capacidade que um país tem de garantia de pagamento de suas dívidas, trouxe à tona as instabilidades e o tamanho da crise econômica americana, a maior economia do mundo. Esse acontecimento caiu como uma pedra no fundo de um rio, até então calmo e de águas claras que era a estrutura econômica mundial. Esta pedra sacudiu o fundo desse rio e trouxe para cima toda sujeira e lodo de outras grandes economias do mundo que também enfrentam problemas em suas economias. Então de repente, descobriu-se que a economia da França também enfrenta uma crise, a Espanha apresenta a mesma instabilidade, e há uma desconfiança sobre a real situação da ecomomia italiana. Até pouco tempo parecia que a crise financeira só havia atingido Portugal e a Grécia. A Europa, o continente mais antigo do mundo, considerado “berço” da civilização revela sua verdadeira face, um rosto irado e preocupado e que preocupa. Vemos jovens ingleses, brancos, de olhos azuis, londrinos, tão garbosos saindo às ruas para confrontar a polícia, saqueando lojas, imagens essas que antes eram comuns somente em países pobres da America latina ou em países da África. Há notícias de recessão crescente nas grandes potências, a falta de emprego que antes só atingia a camada pobre e negra da população dos países mais pobres do mundo, agora também alcança os mais diversos níveis das populaçõs das grandes nações, sejam eles brancos, com diplomas universitários e com grandes currículos.
Na atual conjuntura os grandes investidores estão com seus olhos voltados para os países antes considerados do terceiro mundo, países de economias emergentes que agora viraram os grandes filões de lucro.  
Nos esportes, ao acompanhar qualquer competição não mais vemos equipes tradicionais e atletas renomados das grandes nações nas finais. Aquelas equipes de menor expressão hoje já suplantaram os campeões tradicionais. Atletas de países antes ignorados nas grandes competições são os favoritos, são os novos recordistas e campeões.
Na arte, os grandes ídolos, admirados e que representam o sonho de realização de milhares de fãs que desejam serem iguais a eles, ricos e famosos, morrem jovens, sucumbidos pelo próprio brilho, consumidos pela incapacidade de suportar o tamanho de seu próprio sucesso e da exposição de suas vidas, deixando um exemplo de auto-destruição.
Quando criança, meu pai me ensinou que eu deveria estudar muito para ser um médico ou engenheiro e assim, conseguir vencer na vida, ter dinheiro e uma boa posição, só assim eu poderia conseguir casar com uma bela mulher, ter filhos e ser feliz para o resto da vida. Hoje o que vejo é que não é preciso estudar para vencer na vida, basta você ter a sorte de apresentar algum talento pro esporte ou para a arte e se bem empresariado, fazer um contrato milionário. Se for querer vencer pelo estudo, o melhor é fazer faculdade de engenharia do petróleo, o curso superior do momento. Quanto a ter uma boa posição para poder casar com uma mulher bonita, não mais é necessário, basta ter um carro e um pouco de dinheiro e um homem tem a mulher que quiser e não precisa nem casar, pode ter a mulher que quiser, escolher as mais belas e tê-la só por uma noite ou pelo tempo que quiser. Mas um alerta, é preciso ter cuidado porque se apaixonar pode se surpreender sendo o assunto numa mesa de bar cheia de mulheres que fumam e bebem, riem e falam palavrões e se vangloriam de suas conquistas e pegações e então descobrir que a sua amada ironiza seus sentimentos, porque você foi só mais um na vida dela, numa fila que já andou. E se for sair só para pegação, outro cuidado, deve estar sóbrio para não descobrir pela manhã na cama, que sua Eva, na verdade se chama Ivo. E se enfurecido você pensar em agredí-lo não o faça, você ainda pode acabar preso por homofobia, sim a “bicha” pode por você na cadeia. Desculpe, “bicha” não, homossexual, homoafetivo! --- Ops! Sabe como é né?! Não quero ir preso junto!          
   Esta é a realidade do mundo atual. Este é o mundo de hoje que eu não conheço. Esta é a vida que eu não entendo mais! Era tão mais fácil no tempo dos nossos pais.

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