REALIDADE BRASILEIRA: FUTEBOL BRASILEIRO PARTE I

A CONFEDERAÇÃO TIRIRICA BRASILEIRA DE FUTEBOL (CTBF) OU (CBF) CIRCO BRASILEIRO DE FUTEBOL

            As siglas são letras iniciais empregadas como abreviaturas de nomes de entidades ou órgãos e servem para identificar a instituição. Toda vez que vejo a sigla da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não consigo traduzir em sua significação real, minha mente raciocina com outros e mais apropriados significas. A mais apropriada é CIRCO BRASILEIRO DE FUTEBOL.
             O futebol brasileiro vive o pior momento da sua história. Seu campeonato é o menos desportivo e a muito perdeu a sua arte e beleza, sendo também de muito pouca emoção. A emoção fica por conta dos torcedores e suas rivalidades e pela intensa campanha publicitária que os canais de esporte e toda a mídia esportiva promovem. Porém, quando se tira “croamci”, o que fica é uma triste realidade: o futebol brasileiro como arte, acabou.
             Nosso futebol é hoje um esporte que serve de jogo político para interesses dos chamados “cartolas” e dos empresários que ganham fortunas com o espetáculo. Quando digo espetáculo, estou dizendo no sentido cênico da coisa e não de atividade esportiva, que se tornou o futebol. Daí então dizer que o futebol brasileiro se tornou um circo.
Sim, Circo do Futebol Brasileiro, pois, o que menos interessa é a competição saudável e esportiva de que vence o melhor. É um teatro cênico com marcações e o que interessa é o “show” e vence quem o Dono do circo deixar.
            Circo sim, pois temos muitas características de um circo em nosso futebol. Temos as feras enjauladas, leões que são nossos craques, os talentosos jogadores que todo ano o Brasil produz, domados por empresários. Temos os mágicos que fazem truques de desaparecimento, são árbitros que com truques mirabolantes fazem surgir penalidades onde não existia e fazem desaparecer penalidades claras. Fazem truques de ilusionismos onde fazem desaparecer e aparecer o vencedor de uma partida. Temos os trapezistas que tentam se equilibrar e apresentarem um espetáculo digno e bonito para entreter o público, são estes os jogadores e técnicos com suas comissões e até alguns presidentes sérios. Mas o grande espetáculo fica por nossa conta que somos ao mesmo tempo público, passivo assistindo a tudo e também palhaços que temos que assistir, sorrir e fazer os outros rirem com o espetáculo de marmelada e pastelão que se tornou o tão belo jogo de futebol no Brasil. Tudo isso sob a batuta do Dono do Futebol brasileiro, o dono do circo, o presidente da confederação brasileira de futebol, que manda e desmanda a anos e após anos no maior órgão esportivo do Brasil. O presidente da república fica 4 anos e se reeleito fica até 8 anos, pois somos uma democracia. Como pode então, o presidente de uma entidade esportiva popular ficar tanto tempo no poder?  Temos o nosso Hugo Chaves, por isso não sejamos hipócritas de criticar a nossa vizinha Venezuela.
Assim, penso se não temos CIRCO BRASILEIRO DE FUTEBOL (CBF) ou se não seria mais apropriado uma mudança de nome para CTBF – CONFEDERAÇÃO TIRIRICA BRASILEIRA DE FUTEBOL, mais apropriado para a realidade brasileira.
Mas vamos aos fatos, reconhecer títulos de campeões brasileiros de anos atrás não tem nada de justiça e sim agradar a interesses políticos. Não sejam hipócritas em querer passar para a população que isso é direito reconhecido, história do futebol. Na verdade atende a fazer de Pelé campeão brasileiro, pois, o maior jogador de futebol do mundo e tricampeão não “tinha” nenhum título nacional, agora graças ao “Dono” do futebol brasileiro, ele tem. Além disso, como num passe de mágica o Santos, de Pelé, se tornou o maior vencedor de títulos brasileiros junto com o Palmeiras. Bem, são dois clubes do estado de São Paulo, que nos dois últimos anos, contrariando ao projeto estabelecido de favorecimento do estado de São Paulo de supremacia no futebol,  não ganharam  títulos brasileiros. No caso do Palmeiras serve para levantar a imagem do clube junto ao público tendo em vista que anda carente de títulos. E para completar, o título da Copa União de 1987, esse sim um campeonato brasileiro disputado entre os 13 maiores clubes do Brasil e que foi dado ao campeão da série B, o Sport, briga política, “birra” do Dono, do chefe, “picuinha” do Hugo Chaves brasileiro.
           Logo, terminar o ano perdendo para a Argentina, depois de um fiasco na Copa, com a impopular seleção de Dunga, que de seleção brasileira nada tinha, pois não reunia nossos melhores jogadores e sim o escolhidos de Dunga e ainda com essas manobras políticas de títulos nacionais, isto só retrata o triste cenário do nosso maior esporte. É preciso que a população acorde e deixe de ser massa de manobra e dê uma resposta a todo circo que se tornou nosso futebol. Os estádios têm que refletir o descrédito do torcedor com essa instituição, isto para que o futebol brasileiro volte a ser um esporte do povo. Pois, Se nada for feito, o Dono vai falir nosso futebol e depois viajar pra fora do país, pra sua mansão em alguma ilha paradisíaca nos deixando órfãos de nossa maior diversão das tardes de domingo.
ALEX GOMES