SÉRIE REALIDADE Brasil, um país-banana. A República Federativa dos bananas!

Banana é uma fruta tropical, rica em potássio e fibras, que dá em cachos numa árvore chamada de bananeira, possui casca, uma polpa macia, saborosa e doce. Banana é também um termo chulo, usado para caracterizar indivíduos de índole fraca, por assim dizer frouxos, medrosos e covardes. Brasil, também pode ser conhecido como República das bananas e dos bananas! Estados Desunidos dos bananas! Como pode a banana, até então usada como símbolo de um Brasil tropical e alegre, assimilar o significado pejorativo da palavra à sua índole, ao seu temperamento e ao seu modus operantes de vida?
Sim, porque quando Carmem Miranda, com seu chapéu feito de frutas divulgou o Brasil no exterior ao som de “O que é que a baiana tem?” estavam cachos de bananas balançando eu sua cabeça. O clima tropical, propício ao cultivo dessa fruta também proporcionou ao nosso país ser um dos maiores produtores de banana no mundo. Aliado a isso, soma-se a cor amarela do fruto a alegria do povo brasileiro. Assim, nada mais adequado em associar a imagem da banana como símbolo da nação, de um Brasil tropical ---- Vale lembrar que o próprio nome Brasil vem de uma árvore chamada Pau Brasil, empregada no início da colonização na tinturaria de tecidos.
Não sei se a simbologia assimilou o país ou se o país assimilou as caraterísticas da simbologia? Mas a verdade é que o Brasil se tornou aquilo que o carateriza. O Brasil é um país-banana. Não digo a república das bananas, mas dos bananas. E não falo das boas carateristicas da fruta e sim do seu significado mais degradante. O brasil-banana é o Brasil que carrega em seu âmago toda a vulnerabilidade desse fruto tão saudável e saboroso, mas tão frágil . O Brasil é um país de pessoas moles, de essência fraca, de força limitada.
O Brasil tem em seu povo a cultura da passividade. Ele é passivo a tudo que lhe sobrevenha. Passivo a corrupção, ao descaso, a violência, aos vícios e ao desrespeito a vida. Não é um país sério, pois é passivo a euforia desmedida, que ri de si mesmo, em uma alegria saltimbanco, de circo, de palhaço. Essa passividade do brasileiro o faz indolente, indiferente, displicente, que não luta por direitos porque não sabe e nem quer saber a que tem direito, pois vivendo assim, se vê desobrigado de qualquer dever, de qualquer obrigação. É mais fácil não saber e fingir não conhecer, ignorar torna mais fácil o viver. Um povo assim é facilmente usado, manipulado como “massa de manobra”, como “boi de piranha”. Um país rico e de enorme potencial, mas, que é fraco em sua essência e estrutura interna. Uma nação sem identidade própria e sem caráter. Um gigante constantemente afrontado, desrespeitado, roubado, violentado e saquiado.
Desculpe-me se há algum nacionalista de ocasião incomodado com as minhas palavras, mas a verdade é que somos sim um país de bananas, porque assistimos e aceitamos a tudo que ocorre e a tudo que nos fazem sem nada questionar.
Em 2006, O presidente boliviano Evo Morales decreta de forma arbitrária a nacionalização dos hidrocarbonetos e das refinarias, postos e distribuidores de petróleo, gás e derivados, além de tornar o governo boliviano sócio majoritário dessas indústrias. Um dos mais prejudicados com essa medida foi a estatal brasileira Petrobrás, maior produtora de gás da Bolívia, que investiu mais de 1 bilhão de dólares naquele país na aquisição de empresas e equipamentos para a extração de gás natural. Este ano, no Paraguai, terras de brasileiros, legitimamente donos, estão sendo tomadas e as famílias expulsas de suas fazendas por “sem terras”, Uma espécie de “MST” paraguaio, tudo sob a conivência do governo desse país. Na economia, os EUA cancelaram a compra de aviões da Embraer, negócio vencido em uma concorrência licitatória legítima, isso para atender interesses políticos. Antes, o mesmo EUA já havia cancelado a compra de laranjas e seus insumos do Brasil alegando que o nosso país usa agrotóxicos proibidos lá, numa clara medida protecionista às indústrias americanas. Na Bahia, policiais entram em greve as vésperas do carnaval para pressionar o governo do estado por aumento de salários, fazendo a população de vítimas de seus interesses. Há pouco tempo, magistrados se indignaram e não aceitaram que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) pudesse investigar e punir membros do judiciário por qualquer indício de algo ilícito, tentando impor uma verdadeira ditadura do judiciário. A mais recente bananice é a notícia de que uma senhora idosa brasileira de 77 anos, ao viajar para a Espanha para visitar parentes, com passagem de volta marcada, foi barrada no aeroporto por não possuir uma declaração que comprovasse estadia e gastos naquele país, mas já no Brasil, o tratamento aos estrangeiros é outro, os turistas são recebidos sem qualquer restrição, abrem-se as portas do país para todos os que vêm de fora, oferta-se a eles o que temos de melhor, os melhores hotéis, há uma delegacia especial só para atender turistas, e até nossas melhores mulheres lhes são ofertadas.   
E a população como reage a tudo isso? Nada fazem. Como bananas permanecem agarradas em seus cachos, passivas e indiferentes ao que ocorre ao seu redor. Verdadeiras bananas a espera para serem cultivadas e servidas ao bel prazer de interesses mesquinhos, para serem consumidas por bocas sedentas de poder, para serem amassadas e engolidas com aveia no café da manhã dos interesses interncionais, para serem usadas como ingredientes em vitaminas da economia mudial ou servirem de sobremesa a corruptos sem escrúpulo. Oh, companheiros desse grande bananal chamado Brasil! Esse é mesmo um país-banana, uma república de bananas na grande feira mundial!     
     
                                                                       Alex Gomes
08 março 2012

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