Nós e livros

Cafés e livrarias combinam sempre. A pseudo solidão estampada no rosto do leitor merece o gestual de tomar café...
Não é o beber café que ali conta, mas o gesto. Cada um terá um café e um livro só para si.
Ah! Aparece um e outro que ao invés de ler escrevem, mas eles estão na outra história.
Como dizia, cada um, um café, um livro aberto.
Por exemplo, temos uma combinação: biografia e café com creme. Olhos atentos à História, agá maiúsculo, e lá vem o primeiro gesto – come-se um pouco do creme. Mais outro pouco de creme e começa-se a mexer. O creme, destacado, por cima, esconde o café, amargo. Aquele ali esquecera-se de adoçar. Nem são percebidas as bolhas que se formam. O café escondido lá se revoltou?
Pois que... logo se misturam: creme e café, transformando-se no trivial café com leite, cotidiano. O creme, pomposo, diminuindo-se, torna-se a história, agá minúsculo, verdadeiramente.
É tão comum... O café ou a biografia?
Irene Canadinhas

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