SÉRIE VISÃO A maldição dos astros – Capítulo Whitney Houston

A maldição dos astros, a praga que recai sobre as estelas, as celebridades, os gênios, as pessoas famosas e talentosas. A triste história com fim trágico daqueles que brilham com seu talento e que nos deixam ófãos de seus dons. A morte da cantora norte-americana Whitney Houston, aos 48 anos, às 21h55 da noite de sábado dia 11 de fevereiro, em Los Angeles, no Beverly Hilton Hotel. Traz à luz o estigma da maldição do sucesso e da fama.
A mitologia grega falava em deuses (ou demônios), que circulavam entre as pessoas, visitando a terra e marcando ou punindo os mortais com alguma praga, alguma maldição. Em nossos dias há também um deus pagão desses, um demônio, um fantasma a solta neste mundo cuja missão é o de amaldiçoar seres de sucesso. Sim, ele vive a espreita de pessoas talentosas, que possuem alguma genialidade, ou aqueles que simplesmente se destacam por algum dom ou sorte e que com isso são contemplados com a fama e a riqueza. Em nosso mundo contemporâneo o que mais se busca é ser famoso, ser reconhecido e ter sucesso a todo custo, é uma ideia fixa de que a felicidade só é real se for construída na ilusão da ostentação. Assim, esse deus encontra muito mercado para barganhar almas em troca de sucesso e fama.
Ele circula livremente entre nós, não precisa se esconder, nosso mundo está tão em trevas que ele nem mais precisa de disfarce para se achegar em suas vítimas e assim poder espalhar sua maldição mundo a fora, sobre os incautos que pela arrogância não enxergam esse monstro a lhes perseguir. Ele age sempre da mesma forma, encontra sua vítima e lança seus artifícios de engodo para aprisioná-los e sobrepujá-los e fazer discípulos que depois de contaminados propagaram sua doutrina. As vítimas são talentos do esporte e das artes, pessoas mais suscetíveis aos encantos desse ser malígno, pessoas que tiveram a sorte, ou privilégio ou o dom de nascerem com atributos especiais e até geniais, dadas a ele para dividirem com a sociedade, para trazer alegria, prazer e satisfação.
Ainda que as armas usadas por essa entidade sejam tão antigas e conhecidas, nós os mortais sempre somos ludibriados por ele. Elas são: a arrogância, que faz a vítima achar que está acima do bem e do mal, que pode fazer o que quiser, sem consequências; a ânsia por prazer, um desejo que nunca é suprido, em que se quer mais e mais sem nunca estar satisfeito; a ganância, que faz com que esse escravo queira sempre mais, não dando valor a nada e com o desejo de querer ter tudo, não importa os meios e o quanto custa e que não irá lhes satisfazer e será logo, assim que adquirido, deixado de lado por outro interesse; a inveja, que o faz querer o que é do outro; a isensatez, que não deixa a vítima enxergar que está num caminho de destruição e morte; a insanidade, que o faz só ver o que acredita, ou é levado a crer, e não aceitar a verdade, mesmo que ela esteja diante dos seus olhos.
 Por fim, depois de contaminado por todos esses males, vem a tristeza profunda, um sentimento de vazio e de falta que faz com que a pessoa tente a todo custo aliviar essa sensação. Então, esse demônio maldito usa artifícios para chegar a seu intento final que é destruir a vida e a alma dessas pessoas. Ele se vale: de falsos amigos, pessoas interesseiras e que só querem se aproveitar desse astro; faz a pessoa usar psicotrópicos legais e ilegais para destruir seu corpo e sua mente; além, do prazer do sexo inveterado. Logo, a pessoa entra numa ciranda em que não é mais quem já foi um dia e sim, um corpo sem alma nas mãos de um demônio manipulador. Quando a vítima se dá conta ela está triste e infeliz e com sua vida destruída e sem rumo, está tão enterrada no lodo que não consegue sair sozinha e se tenta, acaba por perder tudo, ou sai com muitas sequelas e a consequência derradeira é a morte física.
Você deve estar assustado com essa descrição aterrorizante, mas é uma visão bem realista do que acontece com nossos grandes ídolos. O preço do sucesso e da fama é alto, muito elevado e as pessoas ainda não perceberam que tanto poder e dinheiro estão atrelados a algo sombrio, que destrói e é devastador, e poucos são aqueles que conseguem sair ileso. O mais recente personagem desse triste enredo foi a cantora Whitney Houston, encontrada morta afogada na banheira de um quarto de hotel.
Whitney é desses exemplos de seres que nascem com um talento extraordinário, maior do que eles mesmos, e que são vítimas dessa maldição do sucesso, pessoas tais como Michael Jackson, Elvis Presley, Renato Russo e mais recentemente Amy Winehouse e são sucumbidas por esse poder destruidor. Whitney começou a cantar aos 11 anos de idade num coral gospel de uma igreja batista americana. Seu talento não passou despercebido e não demorou a alcançar o sucesso com sua bela voz e performace. Seu enorme talento se expandiu pelo mundo, ultrapassou o meio sacro-cristão e a levou ao status de diva da música mundial. Adquiriu Glamour e fama, implacou inúmeros sucesso e ganhou seis grammys, o oscar da música e chegou a estrelar grandes sucessos do cinema, quem não lembra do filme O Guarda Costa com Kevin Costner. Mas a vida de sucesso veio enlaçada pela maldição da fama. Um casamento equivocado com Bobby Brown, marido que a agredia e que a introduziu no mundo das drogas, assim sua vida e carreira entraram em decadência. Nos últimos anos estava falida, morando de favores na casa de amigos, tentando se libertar das drogas e retomar a carreira, sem muito êxito. Tudo isso culminou com uma morte trágica, solitária, numa fria banheira de hotel, afogada por sua própria dor, tristeza e miséria de alma. A talentosa menina que começou cantando no coral de uma igreja cristã, de voz poderosa, assim como Sansão, teve também sua “Dalila” e seu próprio “povo felisteu” que tiraram seu talento, sua força, a escravizaram e por fim a mataram. Ela foi vítima da maldição do sucesso e culpada por si mesma, por sua própria insensatez, e como uma estrela que brilha no céu, se apagou e veio a cair na terra pra nunca mais brilhar. 
Que mais este triste fato sirva de alerta e exemplo para todos. A vida é mais que sucesso e fama. A felicidade pode estar nas coisas simples da vida. Todo dom e talento são dados por Deus e devem ser usados para edificar a vida das pessoas. É preciso bom senso e equilíbrio com as consequências que o sucesso e a fama trazem. Que o mundo desperte pra essa realidade. Que os jóvens entendam que viver é uma dádiva dada pelo Senhor e deve ser valorizada e não jogada fora, nem destruída em nome do prazer passageiro. Exorcisemos esse ser malígno e anulemos o seu ardil, porque como todo demônio, ele só pode agir se dermos lugar a ele.
        
Alex Gomes
18fevereiroo 2012

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